quarta-feira, 31 de março de 2010

INFIDELIDADE!!!




Hoje em dia o mundo de entretenimento e das revistas centra-se na premissa que a liberdade sexual é um direito

sem restrições. O resultado disto é que a fidelidade conjugal está a tornar-se um conceito fora de moda e sem

importância, pelo que o numero de pessoas que são fieis (ao seu casamento) é cada vez menor.



A infidelidade não só destrói um casamento, como também o próprio cônjuge que é infiel. Na realidade:



1.A infidelidade causa dor ao outro.



Um casamento existe quando um homem e uma mulher são unidos não só pela lei mas, sinceramente, pelo amor e respeito mútuo no presente e no futuro. Os casamentos começam com a fé que os dois se entregaram um ao outro e, juntos, querem encontrar satisfação e significado na vida.



A infidelidade começa já quando alguém dirige os seus pensamentos 'sentimentais' para alguém que não é o seu cônjuge. Deste ponto ao adultério consumado pode ser um pequeno passo.

O cônjuge infiel dedica tempo e dinheiro, além da energia física e emocional ao amante, privando o seu cônjuge desses bens: o cônjuge traído paga pela luxúria do cônjuge infiel.

2.A infidelidade mascara o problema fundamental.

A infidelidade poderá ilusoriamente aliviar os sintomas superficiais de descontentamento talvez causado pela sensação de não ser apreciado ou atraente ao parceiro. Mas a infidelidade não soluciona os problemas reais do matrimónio que de certeza irão agravar-se.

3. A infidelidade destrói o cônjuge infiel.

O cônjuge infiel que pensa que, ao esconder o seu procedimento do seu cônjuge, está a proteger o seu casamento, está enganado. Sempre que ele mente ao seu cônjuge que nele confia e que o ama, ele perde um pouco do seu amor-próprio. As mentiras crescem e tornam-se num hábito, muitas vezes inconscientes, e em vez de ele resolver os problemas, acaba por aprofundá-los. Ele vive uma mentira doentia sem o saber.

Enganar-se a si mesmo não é saudável. Antes, prova que se tem grandes necessidades de auxílio.

Será que existe alguma esperança para aqueles que têm sido infiéis?

O primeiro passo a dar é encontrar a razão que levou à infidelidade, e que pode ser, relativamente ao seu cônjuge, uma ou mais das seguintes:

1. Falta de amizade e companheirismo.

2. Insatisfação nas relações sexuais maritais.

3. Falta de sentimentos de amor ou de atracção física.

4. Falta de comunicação.

5. Falta de respeito.

6. Desejo de provar que ainda se é atraente.

7. Desejo de provar a existência de virilidade e sensualidade.



Uma vez que descubra as razões do desvio, pode começar a tratar do assunto. É muito provável que o seu cônjuge esteja consciente da sua infidelidade, e será necessário que os dois falem abertamente sobre o que não está a funcionar bem no casamento. Se quiser encontrar uma solução para os problemas, é imprescindível existir um desejo sincero de mudança de comportamento e de procura de um entendimento, e se o seu cônjuge também reconhecer que talvez tenha contribuído para a situação com as suas próprias falhas, e quiser mudar o seu comportamento, então há uma possibilidade real de o casamento recuperar.

Quer o seu cônjuge coopere, quer não, é preciso ser perdoado por Deus. Quando Jesus foi crucificado, Ele levou consigo todos os pecados da humanidade, para que pudéssemos ser perdoados e limpos deles, desde que haja em nós um arrependimento sincero. É necessário, então, confessar a infidelidade a Jesus, pedir e receber o perdão que Ele oferece, e começar de novo com a intenção de pôr a vida em ordem.

É preciso receber o poder do Espírito Santo para o encher e lhe dar a capacidade de resistir às tentações e amar o seu cônjuge como Deus quer. O amor real não se baseia em sentimentos superficiais mas numa vontade sólida e determinada de amar. (Veja a pagina: 'As cinco linguagens de amor'.)



Ser perdoado por Deus não significa necessariamente que o seu cônjuge facilmente lhe irá perdoar. Deve aceitar que é difícil perdoar alguém que nos traiu, e que pode levar muito tempo para as mágoas profundas serem saradas e para se poder recomeçar a confiar nessa pessoa. Não há garantias que o seu casamento possa recuperar - terá de trabalhar muito para reconquistar o seu cônjuge. Contudo, Deus é o Deus de milagres, e se os dois se voltarem para Ele, Ele pode refazer tudo de novo.

Um comentário:

  1. Na maioria das vezes ela não tem nada de "destruidora de lares". Apenas se apaixonou por um homem que sabe ser impossível, que, ao contrário do que se pensa, lhe dá muito menos do que dá à esposa e nunca será inteiramente seu. Carente, está sempre disponível para ele e até o ajuda profissionalmente, como secretária, assessora ou com ideias, sugestões. É sua musa inspiradora.

    Essa relação em geral não tem nada de interesseira. Entre outras perdas, ela aceita passar os fins de semana e todas as datas importantes sozinha. Só uma psicoterapia para descobrir o que a leva a aceitar tão pouco. Claro que existem algumas que entram na relação para tirar proveito, do mesmo modo como há mulheres que continuam casadas só por interesse. "Não sou feliz, mas tenho marido", elas dizem.

    Frequentemente o triângulo marido-esposaamante encontra um equilíbrio, e, assim como o casamento, pode durar anos. A esposa parece ser uma parente da "outra", que aconselha o amante quando ele lhe traz os problemas com a mulher - embora a odeie, ache que é uma bruxa e que não gosta do marido. Se o casamento termina, é comum que o caso também chegue ao fim.

    Não sei dizer se ele gosta das duas ou de nenhuma. Elas não o condenam. A esposa culpa a "piranha" que quer lhe roubar o marido, mas prefere ser traída e não perder o "estado marital". A amante tem pena dele, porque é "obrigado a aguentar aquela chata" e, querendo ser amada, tenta ser compreensiva. Ele só se dá bem, e não se entrega totalmente a nenhuma. Tem sempre alguma teoria biológica ou sociológica para se justificar e, se puder, ainda trai as duas. Afinal, como na fábula do escorpião e do sapo, "está na sua natureza".
    * Leniza Castello Branco, psicóloga e analista junguiana na

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