terça-feira, 30 de março de 2010

conflitos familiares*****

de que há uma crise espiritual. Lemos nas Escrituras que "se o Senhor não edificar o lar em vão trabalham os que o edificam" Sl 127:1. Nosso casamento precisa ser regado à oração e leitura da Palavra. Qual foi a última vez que você orou com seu cônjuge? Quando foi que vocês sentaram juntos para estudar a Palavra de Deus?

Se não damos lugar a Deus no relacionamento marido-mulher, não há muito o que fazer para resistir à crescente degradação e enfraquecimento da relação a dois.



2 - Ausência de perdão:

Sem a disposição para o perdão, nenhum casamento consegue sobreviver por muito tempo. Quantos comentários negativos que aparentemente são inofensivos, mas vão penetrando sorrateiramente no relacionamento infligindo mágoa e ressentimento e destruindo os sentimentos mais ardorosos. Quantos problemas antigos e mal resolvidos sempre voltam às discussões atuais. Quando o cônjuge permite que os fantasmas do passado continuem assombrando o presente, reavivando antigas amarguras, eles fazem com que as cicatrizes e feridas passadas não se fechem e se curem.

Quem não perdoa está matando aos poucos o sonho do casamento. (Cl. 3:13)



3 - Indisposição à mudanças necessárias:

Se formos bem honestos, teremos que admitir que nem tudo em nosso cônjuge nos agrada. Há hábitos, manias, comportamentos que nos irritam e nos tiram do sério. Porém isto é normal em qualquer casamento. Precisamos aceitar o fato de que somos diferentes do nosso cônjuge em muitas coisas, afinal viemos de famílias diferentes,de costumes e valores que nem sempre são os mesmos. Não obstante termos diferenças que são de nos mesmos, há muitas coisas em que precisamos ser mudados, e o que causa tensão no casamento é que os cônjuges não querem mudar, não se dispõem a mudanças necessárias para o bom convívio entre marido e mulher; pelo contrário, concentram grande esforço em tentar mudar o outro. Tal atitude cria fortes resistências, o cônjuge não muda e começa a cobrar mudanças no outro, acentua os defeitos e minimiza as qualidades.



4 - Ausência de amor:

“Eu não o amo mais”. Esta é uma frase comumente usada pelos cônjuges em crise para dar plausibilidade e legitimidade ao divórcio. Mas como tudo o que é dito nas Escrituras, o amor também sofre de má compreensão. O amor não é um sentimento para ser vivido apenas em bons momentos a dois, ou só na lua-de-mel. Conforme Cristo disse, o marido tem que amar a esposa como Cristo amou a Sua Igreja - dando sua vida por ela. Amor é a decisão de agir em favor do outro. Temos que abandonar aquele tipo de amor-fantasia, amor de novela, amor emocional. Amar é desempenhar atos de amor. Amar é ser gentil com o cônjuge, é procurar atender às necessidades do outro, é saber ouvir, é ser paciente, é não procurar seus próprios interesses, é não ser egoísta, é não mentir ao outro, é ter palavras de elogio e não de crítica, etc. ... A ausência destas atitudes sufoca e estrangula o casamento.

O divórcio não oferece uma oportunidade fácil de começar uma vida nova. Lembre-se que sempre que desobedecemos a Deus sofremos conseqüências. Você leva cicatrizes do divórcio consigo para sempre.

Note as palavras de um irmão após alguns anos de seu divórcio:

“Acho que a morte é mais fácil de suportar do que um divórcio, porque nela existe um fim. O divórcio simplesmente não acaba”.

A Bíblia afirma inegociavelmente: “aquilo que Deus ajuntou não separe o homem”. Ferir este princípio é atrair desastrosas consequências.

Alguma coisa a mais ainda poderia ser dito aqui sobre este assunto; talvez algumas medidas de prevenção. Contudo, entendo que a melhor maneira para se prevenir ao divórcio é começar combatendo as suas causas: Monitore sua vida espiritual e comece a levar Jesus para dentro de seu casamento, aprenda a perdoar ao invés de guardar ressentimentos, esteja disposto a promover mudanças significativas em seu relacionamento, ao invés de cobrar mudanças, e tome a decisão de amar seu cônjuge.

Que o Deus da aliança abençoe seu casamento ! E lembre-se: Ele odeia o divórcio.




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Rev. Gildásio Reis, Pastor da Igreja Presbiteriana de Osasco, Psicanalista Clínico, Mestre em Teologia pelo centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (Educação Cristã) e Professor de Teologia Pastoral no Seminário Presbiteriano “Rev. José Manoel da Conceição”.

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